Animação Não é Filme? Diga Isso Depois de Assistir ‘Robo Selvagem’
Em um ano cinematográfico morno, onde grandes promessas do cinema tradicional ficaram aquém das expectativas, o brilho veio de onde menos se esperava: das animações.
Em um ano cinematográfico morno, onde grandes promessas do cinema tradicional ficaram aquém das expectativas, o brilho veio de onde menos se esperava: das animações. E ironicamente, quem diria que o gênero, muitas vezes subestimado como "não cinema" por alguns críticos, seria responsável por entregar uma das experiências mais completas, emocionantes e memoráveis de 2024? Pois é, entre os maiores destaques do ano, o imbatível Robo Selvagem prova que animação não só é filme – como também é arte de altíssimo calibre.
Se você é daqueles que torce o nariz para animações, pensando que são apenas "coisas de criança", prepare-se para rever seus conceitos. Robo Selvagem não apenas conta uma história; ele constrói um universo emocionalmente ressonante e visualmente impecável. Como uma obra que se recusa a subestimar sua audiência, entrega uma narrativa redonda, sem tropeços ou atalhos preguiçosos, do início ao fim.
Uma Jornada Emocional e Universal
Imagine um filme que começa com uma simplicidade cativante, mas que, conforme avança, vai te puxando para um redemoinho de emoções – e você vai de bom grado. O terceiro ato, aquele ponto tão delicado onde muitas histórias desandam, aqui se transforma no clímax perfeito. Em vez de prometer mais do que entrega, Robo Selvagem surpreende ao crescer exponencialmente em emoção e significado. Sim, você vai rir. Sim, você vai chorar. E, provavelmente, vai sair do filme repensando como até mesmo as conexões mais improváveis podem ser tão profundas.
“Pronto, agora estou chorando por causa de um robô e um pato”
Como alguém disse em um meme que circula por aí: “Pronto, agora estou chorando por causa de um robô e um pato”. E é exatamente isso. A genialidade do filme está em fazer você se importar com personagens improváveis, transformando o que poderia ser um clichê numa experiência genuinamente tocante.
Técnica e Narrativa em Sintonia
O que diferencia Robo Selvagem de outras produções é a forma como ele equilibra narrativa e técnica. Visualmente, é um espetáculo que abraça o melhor da tecnologia de animação sem perder a alma artesanal. A direção de arte é impecável, com uma paleta de cores que varia entre a vivacidade e a melancolia, conforme a trama exige.
Mas é no roteiro que o filme realmente brilha. Não há pontas soltas, não há um momento que você sinta que está apenas preenchendo espaço. Cada cena é uma peça essencial de um mosaico que, quando completo, é impossível não admirar.
A Força das Animações em 2024
O ano nos trouxe outras animações notáveis, como Divertida Mente 2, que, apesar de suas falhas, ainda conseguiu manter o padrão emocional da franquia. Mas é Robo Selvagem que rouba a cena. Ele não é apenas um bom filme de animação – é um dos melhores filmes do ano. Ponto. A facilidade com que emociona, diverte e cativa é algo que muitos dos blockbusters deste ano falharam em atingir
Uma Obra Que Merece Respeito
Por que desmerecer um gênero que entrega algo tão grandioso? Robo Selvagem não é apenas uma lição sobre a força das animações, mas um lembrete de que boas histórias podem vir de qualquer lugar – seja de um drama pesado ou de uma aventura entre um robô e um pato. É um filme que vai te deixar com o coração aquecido e, quem sabe, com uma nova perspectiva sobre o que realmente importa no cinema.
Então, da próxima vez que alguém vier com o papo de que “animação não é filme”, recomende Robo Selvagem. E, por favor, não se esqueça de levar lencinhos para eles também.